O futuro do morar: desafios e mudanças do mercado imobiliário

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Qual a diferença entre imóvel e lar? Por que a geração Y é tão sensível a temas relacionados ao morar? Como planejar e comercializar imóveis para um mundo que, em breve, venderá mais coleiras do que mamadeiras?

Pensar essas e outras questões é essencial para quem vive o mercado imobiliário, e são indissociáveis do fenômeno do morar - o comportamento vai muito além de assegurar um teto que proteja e abrigue o indivíduo de intempéries e ameaças.

Para falar sobre o tema, conversamos com Marcus Araújo, futurologista do morar e mais novo parceiro da Equilíbrio Construtora na missão de planejar lares para os novos tempos.

Confira abaixo os principais trechos dessa conversa. 

Quem é Marcus Araújo?

Eu sou estatístico, e apesar de estatísticos gostarem de números, nossa missão é explicar algum fenômeno. Eu me dediquei ao fenômeno do morar.

O que é morar?

Chegamos a um algoritmo muito bom, que explica o fenômeno da compra, que é muito importante para o setor imobiliário, mas não é suficiente, pois morar é muito mais que comprar um imóvel. Morar é ter relações saudáveis, ser feliz com as pessoas que a gente ama.

Às vezes, vendemos um apartamento para nele morar só uma pessoa, mas em geral, o apartamento é vendido para nele residir uma família. Isso faz diferença ao se pensar na responsabilidade de planejar e executar esse produto?

Mesmo as pessoas que moram sozinhas, que optaram por morar sozinhas, um imóvel cumpre uma missão muito importante, que é integrar os moradores. Essas pessoas precisam de amigos, de uma comunidade vibrante, animada, que cooperam entre si. Aliás, isso é o futuro, as pessoas solteiras, com menos filhos. E a maior demanda do setor imobiliário é justamente isso, conseguir entregar possibilidades para as pessoas se integrarem em uma comunidade vibrante.

Por que a atual geração é tão sensível ao morar?

Trabalho em excesso é uma característica marcante da geração X, das pessoas nascidas entre 1964 e 1979. São extremamente empreendedoras, trabalham bastante, cobram bastante dos outros, são estressadas, são estressantes, têm conflito com gerações posteriores e anteriores. Eles deixaram seus filhos em escolas de tempo integral para trabalhar bastante nas décadas de 1980, 1990, 2010, para comprar bastante imóveis.

A atual geração, a Y, são essas crianças. São indivíduos que tiveram poucos irmãos, tiveram que fazer inúmeras atividades nas escolas, “muito instrutivas”, mas a companhia dos pais foi frustrada em função do trabalho em excesso.

A geração Y é mais sensível. Ela veio mais sensível porque precisou pedir ajuda, não tinha tantos irmãos, não tinha tantos primos, os pais estavam fora de casa, trabalhando para conseguir a renda, as posses. Ela quer possuir menos porque elas viram o quanto os pais sofreram, adiaram sonhos para consumir.



Então comprar um imóvel não é garantia de felicidade?

Não, comprar um imóvel é um fio condutor para que a felicidade aconteça, mas ela só acontece se as pessoas se dedicarem a isso. Nós vivemos uma época em que a noção de tempo foi reduzida. Antes da pandemia, essa noção era de um minuto. Depois, com o surgimento dos vídeos curtos, a fração de tempo se reduziu para 15 segundos. Só se consegue ouvir áudio em velocidade 1,5x, 2x. A paciência ficou mais curta, não se conhece uma música inteira.

Isso impacta em tudo. A vida ficou muito acelerada e aí falta tempo para ser feliz. E tempo é a coisa imaterial mais importante deste século, mais importante que posses, ter dinheiro. Ter tempo para ser feliz é uma missão importante para a humanidade, e a geração atual busca isso como nenhuma outra. Ela só quer ser feliz.

Aqui em Curitiba, percebemos uma maior valorização das varandas, menor número de paredes. Isso acontece no país todo ou só vale em relação ao comprador daqui?

As famílias ficaram bem menores, antes se tinha três, quatro filhos. Agora só tem um filho e se tiver muita parede, os sorrisos não serão captados, as oportunidades de encontro, dentro de casa, não serão as mesmas. As novas gerações aboliram as paredes. Existem ambientes que encolheram muito, como as cozinhas, mas ganharam amplitude, pois tirando as paredes, ficou tudo uma coisa só.

Por outro lado, o que mais cresceu, nos últimos 20 anos, foram as sacadas e varandas gourmet. Ela ganha tamanho, ganha múltiplas funções: você pode estudar, fazer reuniões, trabalhar, chamar os amigos e fazer um jantar, pode contemplar o horizonte, pode encher de plantas. Se tem pets ou crianças em casa, é só colocar uma redinha. É um ambiente privilegiado, se tornou o protagonista desta década.

O que deveria mudar na venda de um apartamento?

Nós temos 35 milhões de crianças de 0 a 10 anos e e 140 milhões de pets, ou seja, os pets ganharam um lugar muito especial na família, principalmente durante a pandemia. Os arquitetos acordaram muito mais rápido para isso, pois há muito tempo estão fazendo quartos especiais para pet, com armário, cama, prateleira de remédios.

Outra coisa para a qual os arquitetos acordaram muito cedo é ouvir a criança. Então não é para a mãe que eles perguntam o que ela deseja ter no quarto, é para a menina de nove anos.

Então significa que na hora de vender um apartamento, o corretor, a construtora, devem considerar dois grandes atores na decisão da compra do imóvel, o pet e a criança.

Quando se projetava um edifício, se colocava, por exemplo, só apartamento de três quartos. Não se misturava a tipologia dos imóveis porque as pessoas não curtiam. Parece que isso está diferente. O que você acha disso?

Esse é o caminho certo, pois desestressa o mercado imobiliário. Antes se esgotava a demanda do mercado, algumas unidades ficavam mais lentas de vender. Distribuindo metragens, tipologias, se consegue atingir diferentes públicos, que hoje, com a nova forma de ver o mundo, convivem em harmonia.

O que precisa é ter um padrão bem definido, pois quem opta por uma unidade menor muitas vezes é por conta de um momento de vida ou pelo estilo, por adotar um padrão minimalista. Porém, tem o mesmo tipos de amigos, frequenta os mesmos restaurantes, toma o mesmo tipo de vinho, tem o mesmo poder aquisitivo. Essa é uma tendência que tem futuro.



Um lugar no mundo pra ser feliz é nossa proposta de valor. Pensando nisso, qual o futuro das construções?

Equilíbrio nunca foi algo tão importante para as pessoas quanto é agora. Há 50 anos atrás, vocês estavam com o nome errado, porque ninguém queria equilibrar nada, queriam construir, expandir, multiplicar mais e mais. Equilíbrio não foi uma marca da geração X. Agora vocês estão no século certo, no momento certo. E mesmo a geração x, estressada e estressante, descobriu que precisa de equilíbrio. Com equilíbrio é mais fácil encontrar a felicidade. Esse nome nunca foi tão adequado e de acordo com a expectativa das pessoas.

Você pode falar um pouco sobre o livro Mentes Saudáveis, Lares Felizes?

Nos últimos anos, houve um desencontro grande entre o “planeta mente” e o “planeta casa”, o “planeta físico” e o “planeta emocional”.  E aí chegamos no paradoxo da pessoa ter a maior oferta de opções de lazer em condomínio que já se esteve na história, e a pessoa, sentada na cadeira em frente a uma piscina, não conseguir relaxar.

O livro discute como o lar, que é o fio condutor da felicidade, tem se tornado um lugar em que estranhos convivem juntos.

A Equilíbrio sempre buscou “entregar um lugar no mundo para ser feliz”. Agora você pode dar um spoiler sobre uma novidade que vem aí, que tem relação com o nosso compromisso?

Essa novidade é uma parceria minha com o doutor Augusto Cury, psiquiatra e escritor mais lido do Brasil, com livros publicados em mais de 70 países. É o Mentes Saudáveis, Lares Felizes, um programa voltado para transformar uma casa ou apartamento em um lar, um lugar para realizar sonhos.

No programa, nós temos o selo Ser e Morar. E o que ele significa? Ora, há diversos selos que atestam a responsabilidade construtiva, selos técnicos, mas e a qualidade das relações, das pessoas que vão morar ali? Para isso, criamos o Ser e Morar, que atesta a responsabilidade socioemocional da construtora.

Em Curitiba, a exclusividade desse selo é da Equilíbrio. Essa certificação não é para quem tem uma estratégia de marketing agressiva, é para quem tem sensibilidade com a nova geração. A Equilíbrio tem demonstrado esse compromisso, compromisso em oferecer um lar, marcado por bem-estar, por vida, que é tão buscado pela geração Y.


Você já estava por dentro dessas e outras mudanças que o mercado imobiliário começou a enfrentar? Então confira os dois últimos episódios do podcast Viver em Equilíbrio.

 

Neles, o futurologista e estatístico Marcus Araújo traz mais números e revelações importantes sobre o fenômeno do morar e como ele impacta o planejamento e comercialização de imóveis.

Escute agora mesmo aqui abaixo ou no Spotify.


O Sangiovese, o Gran Solare e o Trebbiano, importantes lançamentos da Equilíbrio em Curitiba, atendem a todas as expectativas da geração Y em relação a morar e viver em equilíbrio.

Para saber mais sobre eles, visite o decorado e surpreenda-se.

CENTRAL DE VENDAS

Segunda a sábado – 10h às 18h

Domingos – 10h às 16h

R. Pedro Viriato Parigot de Souza, 2.850 – Ecoville

41 99800-0444

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